Isto é classe. Isto é jogo. Isto é… Joilton!
Ah, Joilton, Joilton… deixaste a tua marca bem vincada na fase dourada do União da Madeira. E nas pernas do Sérgio Lavos também, de tão loucos que eram os treinos da multinacional madeirense.
As opiniões dos seus ex-colegas dividem-se: para Zivanovic, Jokanovic, Dragan, Lepi, Manu, Rodrigão, Jovo e Simic Joilton era um “brgwerky centralovsky” ou “um cara muito legal, jóia meismo”; para o Nelinho era “mais um brazuca”; e Milton Mendes nem sequer se pronunciou, acometido por um usual ataque de riso.
Certo é que Joilton aprendeu a fazer balões à lá Grimi, embora com menor frequência e amplitude, enquanto defendeu as cores auri-celestes do União. Quiçá por ter bebido os ensinamentos inscritos nuns papiros manuscritos encontrados numas escavações efectuadas na zona adjacente aos balneários dos Barreiros – esse estranho local onde subsiste um marcador manual em plena era digital. Papiros que se pensa terem sido escritos por S. Quiñonez e cujo valor é hoje tido como incalculável. Antes disso, Joilton nem sequer distinguia bola do jogador e levava tudo à frente.
Mas como tudo o que é bom tem um fim e “gratidão” é palavra que não costuma figurar nos dicionários de bolso dos jogadores de futebol, Joilton não gostou de estar uma época nas divisões secundárias e não resistiu ao canto de sereia lançado pelo Sp. Espinho para voltar a jogar nos grandes palcos em 1996/97.
E assim o vemos, já com uma técnica que pede meças aos grandes astros futebolísticos. O toque de peito é magistral, a bola quase que pára no ar de tanto deleite e o paradoxal patrocínio do Solverde escrito a vermelho estica-se numa manifestação de regozijo por ser parte activa neste acto de puro prazer técnico.
Joilton evoluíra muito. Pudera: em 1996, o velho futebol português encontrava um novo fôlego em Espinho, consubstanciado em elementos de pura magia lusitana como eram Besirovic, Gilsinei, Cleberton, Lipcsei e Dagoberto. Isso bastou para contagiar positivamente o outrora bruto Joilton. Ele sentia-se em casa, como já se sentira na Madeira. Mais do que Soeiro, Bolinhas ou Bruno Magano, esse pequeno patife em época de debute, cuja língua era mal percebida pelos colegas.
Ao fim de dois bonitos jogos, Joilton fez um exame à sua consciência e tomou uma decisão:
- Ué, gosto muito de dar um toqji dji peito para a foto, mais não será melhó um cara bonito como eu vendê bolinha na praia? Ocê vai vê, áis garota si vão dobrá a meus péis!...
Ou seja, deixou Espinho e foi para Esmoriz, vender bolas de Berlim de qualidade duvidosa para a Barrinha, entrecortando essa actividade com mais uns toques acrobáticos na agremiação local. Foi um sucesso relativo: no futebol, Joilton prosseguiu a sua trajectória ascendente e até conseguiu dar um toque com o ombro na bola (lamentavelmente, foi no início dum treino à noite e o fotógrafo não tinha flash); mas na praia a única grande amizade que conseguiu foi com a D. Adosinda, sexagenária com um bigode um pouco mais saliente que o do Rosado.
A determinada altura, sentiu saudades de dançar o bailinho da Madeira. E também de fugir aos beijos mais que húmidos da D. Adosinda. E lá foi ele de regresso à ilha para uma última época.
Depois disso? Não se sabe bem. Joiton desapareceu dos radares. O seu legado, contudo, permanecerá: depois da mão de Maradona, da cabeça de Jardel e do apito do Paixão, há o peito de Joilton. Também há o peito da ex-mulher do Beto, mas em termos estritamente futebolísticos a peitaça de Joilton ganha. E nem sequer tem silicone.
Ah, Joilton, Joilton… deixaste a tua marca bem vincada na fase dourada do União da Madeira. E nas pernas do Sérgio Lavos também, de tão loucos que eram os treinos da multinacional madeirense.
As opiniões dos seus ex-colegas dividem-se: para Zivanovic, Jokanovic, Dragan, Lepi, Manu, Rodrigão, Jovo e Simic Joilton era um “brgwerky centralovsky” ou “um cara muito legal, jóia meismo”; para o Nelinho era “mais um brazuca”; e Milton Mendes nem sequer se pronunciou, acometido por um usual ataque de riso.
Certo é que Joilton aprendeu a fazer balões à lá Grimi, embora com menor frequência e amplitude, enquanto defendeu as cores auri-celestes do União. Quiçá por ter bebido os ensinamentos inscritos nuns papiros manuscritos encontrados numas escavações efectuadas na zona adjacente aos balneários dos Barreiros – esse estranho local onde subsiste um marcador manual em plena era digital. Papiros que se pensa terem sido escritos por S. Quiñonez e cujo valor é hoje tido como incalculável. Antes disso, Joilton nem sequer distinguia bola do jogador e levava tudo à frente.
Mas como tudo o que é bom tem um fim e “gratidão” é palavra que não costuma figurar nos dicionários de bolso dos jogadores de futebol, Joilton não gostou de estar uma época nas divisões secundárias e não resistiu ao canto de sereia lançado pelo Sp. Espinho para voltar a jogar nos grandes palcos em 1996/97.
E assim o vemos, já com uma técnica que pede meças aos grandes astros futebolísticos. O toque de peito é magistral, a bola quase que pára no ar de tanto deleite e o paradoxal patrocínio do Solverde escrito a vermelho estica-se numa manifestação de regozijo por ser parte activa neste acto de puro prazer técnico.
Joilton evoluíra muito. Pudera: em 1996, o velho futebol português encontrava um novo fôlego em Espinho, consubstanciado em elementos de pura magia lusitana como eram Besirovic, Gilsinei, Cleberton, Lipcsei e Dagoberto. Isso bastou para contagiar positivamente o outrora bruto Joilton. Ele sentia-se em casa, como já se sentira na Madeira. Mais do que Soeiro, Bolinhas ou Bruno Magano, esse pequeno patife em época de debute, cuja língua era mal percebida pelos colegas.
Ao fim de dois bonitos jogos, Joilton fez um exame à sua consciência e tomou uma decisão:
- Ué, gosto muito de dar um toqji dji peito para a foto, mais não será melhó um cara bonito como eu vendê bolinha na praia? Ocê vai vê, áis garota si vão dobrá a meus péis!...
Ou seja, deixou Espinho e foi para Esmoriz, vender bolas de Berlim de qualidade duvidosa para a Barrinha, entrecortando essa actividade com mais uns toques acrobáticos na agremiação local. Foi um sucesso relativo: no futebol, Joilton prosseguiu a sua trajectória ascendente e até conseguiu dar um toque com o ombro na bola (lamentavelmente, foi no início dum treino à noite e o fotógrafo não tinha flash); mas na praia a única grande amizade que conseguiu foi com a D. Adosinda, sexagenária com um bigode um pouco mais saliente que o do Rosado.
A determinada altura, sentiu saudades de dançar o bailinho da Madeira. E também de fugir aos beijos mais que húmidos da D. Adosinda. E lá foi ele de regresso à ilha para uma última época.
Depois disso? Não se sabe bem. Joiton desapareceu dos radares. O seu legado, contudo, permanecerá: depois da mão de Maradona, da cabeça de Jardel e do apito do Paixão, há o peito de Joilton. Também há o peito da ex-mulher do Beto, mas em termos estritamente futebolísticos a peitaça de Joilton ganha. E nem sequer tem silicone.
1 comentário:
Belíssimo. Por vezes, aqueles cromos amarelados, rançosos e baços que estão no fundo do baú são os que colam melhor.
E este cola tão bem, quanto um par de olhos cola no par de... olhos da mulher do Señor Severo.
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